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Rio Carvão cada vez mais poluído Art. 23.

É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;(Constituição Federal, 1988). Sabemos que a situação ambiental, na região sul de Santa Catarina, é crítica. Quando analisamos o conjunto da carga poluidora gerada pela lavra, beneficiamento, transporte e estocagem do rejeito da mineração e pelas unidades produtoras de coque, vislumbramos o tamanho do estrago, que foi objeto de vários estudos, que apontaram dados quantitativos e qualitativos de extrema importância para o planejamento das ações governamentais e para o estabelecimento de uma política estadual de meio ambiente que pudesse combater estes crimes, mas infelismente não foi o que ocorreu, nem mesmo os TAC,s e “retacs” não freiaram o poder da poluição que deixou e vem deixando várias vítimas. O Rio Carvão em Urussanga é mais um, entre os grandes afetados pelo poder destrutivo do beneficiamento do carvão, pude ver isto evidentemente, quando estive na comunidade do entorno, após ser procurado por moradores, e amigos ambientalistas, pude perceber que a produção do coque, envolve a movimentação de um tipo de pó, o qual é levado pelo vento, impregnando residências e vegetações, incluindo árvores frutíferas e plantações, cultivadas na região. A comunidade reclama muito de irritação na pele, garganta, narinas, além de intoxicação e graves danos ao sistema respiratório, e chegam a guardar o pó acumulado nas calhas e no piso das residências pra mostrar a quem quiser ver. Após sobrevoo na região de Urussanga, pude constatar que o problema não se refere simplesmente ao passivo ambiental gerado pelas atividades passadas, com a expressiva presença e acúmulo crônico de materiais poluentes altamente tóxicos e letais no solo, no ar e nas águas, devida a oxidação da pirita em contato com o ar e a água, liberando ao meio ambiente gases, compostos de ferro e ácido sulfúrico, com valores que ultrapassam assustadoramente os estabelecidos pela legislação vigente, mas sim pela ingerência das empresas, que não fazem a sua parte, e continuam abrindo novas frentes de trabalho, que não sabemos se estão devidamente licenciadas, pois algumas unidades de produção das coquerias, se encontram as margens do curso d’água, aparentemente sem o controle ambiental eficaz necessário a atividade. Pois bem, continuo com a mesma impressão, de que estamos desamparados, pouca ou nenhuma fiscalização, degradação e prejuízos irreparáveis ao meio ambiente, pessoas cada vez mais descontentes e doentes, e do outro lado, muito dinheiro. E VIVA A IMPUNIDADE!!! Rodrigo Moretti, Diretor sul do Instituto Eco&AçãoGestor Ambientalwww.ecoeacao.com.br Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.