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Após atravessarem o Oceano Atlântico em viagerns
de em média trinta dias, de navio até o
Rio Janeiro, e depois até Desterro (a atual Florianópolis) e depois até Laguna,
e enfrentarem diversos meios de transporte até chegarem à Colônia de Nova
Veneza, em várias levas, entre 18 de julho de 1891 e dezembro de 1897, várias
famílias de imigrantes italianos chegaram à região sul catarinense, trazidos pela
Companhia Colonizadora Metropolitana, adquirindo lotes na Seção Rio Fiorita,
que pertencia ao Núcleo Nova Belluno, uma das subdivisões com uma centena de
lotes disponibilizada aos colonos.
Por ordem de chegada à Seção denominada de Rio
Fiorita em homenagem ao antigo proprietário da Colônia, o italiano Angelo
Fiorita, coloca-se aqui os chefes de famílias que tornaram a localidade uma
realidade, a partir do desbravamento de um grande território, e ocupação da
área, com seu trabalho, e que agora é resgatado historicamente.
São eles:
Constantino Scariot, Pietro Feltrin 1º,
Cristoforo Nozza, Giovanni Gamba 1º, Alessandro Gamba, Angelo Gamba (filho de
Giovanni), Giuseppe Gamba (todos estes membros da família Gamba eram parentes
entre si), Carlo Valdati, Camillo Ollievi, Giuseppe Veronesi, Serafino
Rampinelli, Giuseppe Beretta, Antonio Veronesi, Francesco Ghisleri, Tomaso
Crepaldi, Giovanni Ferrari 1º, Luigi Bettili, Antonio Isè,Luigi Dal Moro,
Battista Savergnini, Mauro Viola, Santino Perico, Luigi Consonini, Gaetano
Zucchinali, Antonio Zucchinali, Francesco Innocenti, Antonio Ambrosini, Martino
Beltramelli, Carlo Lodetti, Lorenzo Leone, Luigi Bortoletti, Natale Manini,
Ernesto Bonazza, Francesco Bonazza (irmão de Ernesto), Pietro Bonazza (parente de Ernesto e
Francesco), Luigi Rossi, Giuseppe Ronconi, Augusto Ronconi (filho de Giuseppe),
Giovanni Martinelli, Achile Scaini, Cesare Niada, Benedetto Amoroso, Giuseppe
Appiani, Donato Galli, Natale Martinelli, Giovanni Albonico, Giacomo Ronsoni, Giuseppe De Lorenzi, Carlo
Agazzi, Giuseppe Di Giorgi, Giuseppe Ubiali, Giacomo Daleffe, Giovanni
Brollini, Serafino Signorelli, Carlo Signorelli (irmão de Serafino), Luigi
Brembati, Leopoldo Sala, Giacomo Terzi, Pietro Carminati, Guiseppe Conti,
Davide Conti (pai de Giuseppe), Battista Giuliani, Settimo Venturini, Luigi
Brignoli, Celeste Agnelli, Francesco Anelli, Giovanni Battista Consonni,
Lorenzo Burigo, Rafaele Novelli, Lodovico Bonazza (parente dos anteriores
Bonazza, chegando à colônia meses depois),
Giuseppe Rossi, Angelo Rossi (eram primos), Antonio Rossa, Giulio
Mazzorana, Giovanni Da Boit, Angelo Dal Pont, Giacomo Feltrin, Isaia Peterle,
Francesco Olivari, Giacomo Olivari (eram irmãos), Francesco Terzi, Giovanni
Pattel, Frana Carminati, Francesco De Bona, Arcangelo Patel (grafia diferente
da de Giovanni) e Francesco Carminati.
Muitas destas famílias venderam seus lotes,
vários de forma autoritária e abaixo do valor devido, à Companhia Siderúrgica
Nacional – CSN, entre 1941 e 1944, indo residir na sede do Distrito de Nova
Belluno ou Criciúma e Urussanga, ou ainda à localidade de Treviso, e em alguns
casos tornando-se também pioneiros, mudando de Estado, indo para o oeste do
Paraná.
Há vários sobrenomes conhecidos no presente,
tanto na localidade de Rio Fiorita como na sede do município de Siderópolis,
nome oriundo do Distrito designado em 1943, e que substituiu o antigo nome de
Nova Belluno, que havia sido batizado, como todos os outros, pelo engenheiro
Federico Antonio Selva (foto), contratado pelo diretor da Colônia, Michele
Nápoli, e que mediu o território e definiu os lotes e nomes das áreas entre
novembro de 1890 e abril de 1891, em um trabalho memorável pela sua
complexidade e dificuldades encontradas, e que o topógrado desempenhou
exemplarmente, colocando então nomes como Belvedere, Nova Veneza, Nova Belluno,
Rio Fiorita, Seção Estrada para Urussanga, Treviso e São Bento, além de outras.
Desta forma, quando os imigrantes chegaram,
todos os nomes das localidades que se formariam já estavam definidos, com
grandes galpões que os esperavam, e para que pudessem ser informados das
localizações de seus lotes pelos administrados designados pela Companhia
Colonizadora Metropolitana.
Assim começou a história de Rio Fiorita.
1 - LIVRO - FEDERICO ANTONIO SELVA - TOPOGRAFO QUE FEZ AS DIVERSAS SECOES DA COLONIZADORA METROPOLITANA, INCLUSIVE RIO FIORITA EM 1890