Na praça em homenagem aos imigrantes italianos, em frente ao Instituto São Pio X, temos um monumento, com placas em bronze, idealizado pelo arquiteto Fernando da Cunha Carneiro, em 1966.
Foi construído na Administração do Sr. Jorge Biff, quando era Secretário da Administração o Sr. Célio Carlos Gomes, de saudosa memória. Trabalhei com os dois nesta época; era o motorista da administração municipal.
A placa em bronze, com uma família de colonos, que representava a família Savaris, única família que saiu da comune di Belluno - Sede da Província, cujo “capostitipe”era Giuseppe Savaris e sua esposa Marta Rossa Savaris.
Esta placa foi modelada em Porto Alegre, pelo escultor Vasco Prado, foi fundida nas oficinas da Carb. Treviso, em Treviso, pelo sr. Odilor Schmitz.
A segunda placa, que contém os sobrenomes de alguns imigrantes italianos e que formam o “acróstico” foi montada pelo sr. Célio Carlos Gomes, e não se sabe porque, algumas famílias não foram lembradas. Agora, recentemente, uma terceira placa foi fixada no lado oposto da original a qual lembra as outras famílias .
A pedra – muito original - representa o ambiente rude aqui encontrado no nascimento de Nova Belluno.
Dos sobrenomes ali elencados, o sr. Célio Gomes, formou o acróstico: “ Nascemos na Itália e amamos esta terra querida”.
O curioso é que na falta de um nome italiano que contivesse a letra “Q”, o sr. Célio, com muita perspicácia, colocou o sobrenome “Queluz” e assim resolveu o problema da palavra “querida”.
Quem era o Queluz ali homenageado?
Era a família do sr. João Martins Queluz, de origem espanhola, casado com Francelina do Nascimento, que aqui se radicou, praticamente, junto com os primeiros italianos.
O sr. João M. Queluz além de alfaiate foi o proprietário do primeiro correio de Nova Belluno. Foi o pai da professora Madalena Queluz, esposa de Redencione Patel, pais do Sr. João Osni Patel e avô do Tairone.
Não houve nenhuma contestação pela inclusão do sobrenome da família Queluz na placa, pois os descendentes de italianos sempre tiveram um coração magnânimo e dividem, ainda hoje, todas as conquistas, desde 1891.
Estes fatos enriquecem a nossa história!.
João Lazzaris Neto
Contador e pesquisador.