Divulgação / A Tribuna
Milena Nandi
Da Redação
Siderópolis deverá ter a primeira usina de geração de energia da Região Carbonífera a partir de biomassa. Na próxima semana, representantes de uma empresa de São Paulo interessada em implantar a usina visitarão o município para tratar dos pormenores do projeto. Para desenvolver a unidade geradora de energia, a empresa solicitou ao poder público a viabilização do terreno. Uma área de dois hectares próximos à localidade de Rio Jordão foi cedida por uma empresa da região.
Segundo o prefeito de Siderópolis, Douglas Warmling, o Guinga, há cerca de dois anos houve o primeiro contato da empresa interessada em gerar energia através de biomassa no município. Segundo o deputado estadual Valmir Comin (PP), que está envolvido para trazer a tecnologia para a região, estudos da empresa apontaram que existe a viabilidade econômica para a utilização de dejetos de frango - a região possui cerca de 350 aviários - provenientes de aviários instalados a um raio de até 150 quilômetros de distância da usina.
Economia e meio ambiente
Cerca de 90% da produção da unidade será de energia e os outros 10% de fertilizantes. "O projeto terá a capacidade de processar toda a cama aviária produzida no Sul do estado. Além de gerar energia, o resultado da queima dos dejetos poderá ser utilizado para a correção do solo", afirma Guinga. Segundo o prefeito, o projeto deve gerar cerca de 200 empregos diretos e terá uma importante contribuição para a economia do município, já que pessoas empregadas significam mais movimentação em estabelecimentos comerciais, além da receita com impostos.
Para Comin, economia e meio ambiente se unem no projeto de geração de energia com o uso de resíduos da avicultura. Assim como em outras atividades de criação de animais, os dejetos são fonte de poluição e devem ser devidamente tratados. Com a utilização desses resíduos para a produção de energia, os avicultores iriam garantir um destino ambientalmente correto para os resíduos, e assim, mercado para os animais. "Em alguns anos, empresas internacionais não aceitarão mais produtos que não forem feitos atendendo as exigências ambientais", diz.