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Cerro X Serro

No livro “SIDERÓPOLIS EM UMAS E OUTRAS QUE OUVI, VI OU VIVI’, batizei o nosso campinho de futebol localizado próximo ao encontro da Rua 11 com a Rua do Comércio, de:
“SERRO DA VACA MAGRA”.
O famoso escritor sideropolitano, Geraldo Cardoso Sobrinho, em seu livro “OLHOS DE BELLUNO” - POESIAS, denominou-o de: “CERRO DA VACA MAGRA”.
Isto gerou uma polêmica muito interessante e saudável, por serem livros focados em coisas da nossa terra, envolvendo uma geração vencedora, que hoje está dispersa por este mundo de Deus, mas sempre com saudades de Siderópolis.
O campo não mais existe fisicamente, as máquinas passaram por lá e virou área mineirada, mas está vivo na lembrança daqueles que um dia tiveram a oportunidade de chutar uma bolinha por lá.
Entendo que é normal a reação de alguns amigos leitores conterrâneos, principalmente os contemporâneos dos autores entrarem em detalhes com coisas deste gênero, chegando ao ponto de provocar uma discussão calorosa, pois estes desfrutaram de muitas “peladinhas” no saudoso campo.
Nessa oportunidade procuro esclarecer o nome do nosso campo de pelada, de acordo com a visão de cada autor, conforme consta no dicionário:
CERRO: pequena colina. 
SERRO: espinhaço de um animal.
CONCLUSÃO: os dois nomes fazem sentido, portanto são aceitos e estão corretos, depende do ponto de vista de cada autor, pois enquanto um interpretou o acidente geográfico como sendo uma pequena colina onde a vaca ia pastar, o outro interpretou que aquela elevação no terreno significava o espinhaço da vaca magra que ali pastava. Independente da grafia, o mais interessante foram as peladas que lá jogamos e ficaram registradas em nossas mentes e, o nome do campo, que foi resgatado e inserido no sub consciente daqueles poucos que nem mais lembravam que um dia o campo existiu.
                               
Por  Mano Savi