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Menina de ouro

21 anos e que currículo! Menina de atitude, comunicativa inquieta, intensa e inovadora é Laís Corrêa Fabre. Já fez parte do Coral Show Criança Feliz, tentou a política e agora é uma campeã de Jiu- Jitsu no peso leve e absoluto. Dos palcos para o Tatami, a entrevistada de PERFIL fala de suas conquistas e pretensões. Para o pai Paulinho, a mãe Meri e a irmã Liz, ela é a MANA. Para PERFIL- UMA MENINA DE OURO.
Essa busca incessante por coisas novas é curiosidade apenas, talento de sobra ou por que você ainda não atingiu o foco de seus objetivos?
LAÍS- Pura curiosidade. Tenho alma inquieta. Por mais que eu goste do que faço, procuro inovação.
Você começou muito cedo no Coral Show Criança Feliz. Quantos anos tinha e qual o tempo de permanência nele? Por que o deixou?
LAÍS- Tinha 14 anos. Permaneci até os 19 anos. Deixei-o por não conseguir conciliá-lo com trabalho e estudos. Houve também, um choque de interesses que eu não concordei.
O Coral gravou quantos CDs e DVDs enquanto você estava nele. Que experiência ele trouxe a você?
LF- 3 CDs e 1DVD. Foram muitas as experiências: domínio de palco, amadureci e tornei-me independente , além de viajar muito e conhecer cidades do RS à Bahia.
Você continua se apresentando na carreira solo? Onde foi sua última apresentação?
LAÍS- canto sempre que possível para amigos, Minha última apresentação foi em São Martinho (TB) Show da RBS com o apresentador Mario Motta.
Aos 19 anos você ingressou na política como candidata à vereadora. Quem a incentivou? Como foi lidar com o povo, a derrota? Faria tudo outra vez?
LAÍS- O incentivo veio do Prefeito Guinga e de minha mãe. Foi uma experiência fenomenal. Conheci pessoas maravilhosas, mas também as sem noção do direito e poder que têm nas mãos. Fiquei triste com a derrota, apesar de preparada. Considero-me uma vencedora pela coragem de participar. Faria tudo outra vez.
Hoje temos como presidente uma mulher. Como você vê a mulher cada vez mais ocupando o espaço que era só dos homens? Você acha que a mulher administraria melhor o país? Por quê?
LAÍS- Vejo como uma grande evolução. A mulher já conquistou seu espaço no mercado de trabalho, dentro de casa e por que não a política?  Sem dúvida, a mulher administra melhor porque concilia tudo em casa e é mais sensível que o homem.
Você hoje,cursa a faculdade de Ed. Física. É a carreira que pretende seguir ou poderá mudar de ideia? Em que outra área se daria bem?
LAÍS- Está é a carreira que escolhi. Encontrei-me nesta área. Gosto muito também das Artes (Dança, Teatro).
Esporte exige regras severas, concentração. Como é a sua  rotina de treinamento, preparação física, alimentação?
LAÍS- Treino 2 h todos os dia. Quanto à alimentação, sou regrada somente em época de competição. (minhas refeições são apressadas)
Quando concluir a faculdade, você será uma professora atuando em escolas ou pretende ter sua própria academia?
LAÍS- Seguirei nas academias, com lutas. A princípio, na Academia onde treino.
Como lutadora, pode-se dizer que você é uma vencedora. Qual foi a sua 1ª competição e classificação?
LAÍS- Foi o interno de Jiu- Jitsu de Siderópolis. Fui a 1ª colocada em 2007.
Os Estados Unidos da América foram o seu maior desafio? Qual foi a sua expectativa para o campeonato?
LAÍS- Sem dúvida foi o meu maior desafio. Esperava fazer podium, mas sabia das dificuldades, embora tivesse conquistado o 1º lugar no Sul-americano.
Em todas as atividades, o patrocino facilita muito no sucesso da realização. Patrocínio foi problema para você ou não? Quem patrocinou a sua estada nos Estados Unidos?
LAÍS- Foi e até hoje a maior dificuldade. Para os Estados Unidos, contei com o apoio dos vereadores, da Prefeitura e Rede de Postos Mine (Floripa) ENTEC e Sapataria Ideal. A ZTL financia idas e vindas à Criciúma todos os dias para os treinos.
Como você encara a falta e apoio que os atletas enfrentam no Brasil?
LAÍS- Um desrespeito. No Brasil, só é considerado esporte, o futebol. As outras modalidades sofrem maciça discriminação.
Imagine: ser a campeã do mundo em Jiu- Jitsu, uma diva da música ou a presidente do Brasil. Se fosse possível realizar um destes sonhos, o que você escolheria? Por quê?
LAÍS- Seria campeã Jiu Jitsu. Este é o meu momento. Estou realizada.
Você é dona de uma bela voz. Canta muito e tem uma boa presença de palco. Que estilo de música você gosta de interpretar? Você toca algum instrumento?
LAÍS- Gosto de Black, Pop e MPB. Não tenho nenhuma habilidade com instrumento musical.
O que tem lhe interessado hoje na música? Que artistas e bandas você tem escutado? Qual a música que não sai da sua boca?
LAÍS- Rapp, Reggae, Black. Ouço, India Arie, Vanessa Da Matta ,Maria Gadú, MV Bill e Amy Whinehouse, Oasis, Natirruts, Soya, Charlie Brown Jr. Acordo cantando “ Do lado de cá” Chimarruts.
Como você cuida da voz? De quem você herdou esse vozeirão?
LAÍS- Faço exercícios que aprendi com a fonoaudióloga, protejo a garganta com cachecol nos dias de frio, evito choque de temperatura e antes das apresentações, evito derivados do leite e chocolate. Bebo muita água. Esse tom grave herdei da minha avó materna, Alba.
Em todo o país, a cultura vem sempre atrás das prioridades, infelizmente. Culturalmente, o nosso município não oferece suporte suficiente. Para você, o que deveria ser feito para atender a demanda de tantos talentos?
LAÍS- A princípio, uma Associação de Artistas, Casa da Cultura e um Centro de Eventos. (existem projetos).
Que superpoder você gostaria de possuir?
LAÍS- Controle do tempo. Voltar ou adiantar.
Sua agenda é cheia. Como faz para conciliar tudo? O que tem feito para desestressar?
LAÍS- Muito cronometrado. Sou metódica. Alivio o e stress nas lutas. Os amigos, as festas também ajudam.
Ver bons filmes faz parte da sua rotina? Qual o filme que sempre quer ver? Quais seus ídolos da ficção?
LAÍS- Sim. Menina de Ouro é o filme. Tenho o seu nome tatuado acima da cintura. Harry Potter é a minha paixão.
O que você acha dos filmes nacionais? Já podemos dizer que o cinema nacional melhorou? Qual o filme que você viu e que mais gostou?
LAÍS- Amo o cinema nacional. Evoluiu muito. Gostei muito do “ O homem que copiava”, “Olga e o Auto da compadecida”.
A tecnologia tem ocupado mais o nosso tempo e vivemos a era digital. Você é escrava dessa modernidade chamada internet, ou a usa esporadicamente? Quantas horas passa diante do computador. O que vê?
LAÍS- Sou nerd. Rata de computador. Trabalho com ele. Em casa, fico em média 4h. Leio sites de notícias, ouço música, entro no MSN, Orkut, Twiter. Tenho Forms Pring e pesquiso.
 Sobra tempo para ler? Qual o último livro que leu?
LAÍS- Sim. Sempre sobra um tempinho. Li “Ensinar brincando- Diva Maranhão e “ Piores inimigos/ Melhores amigos.” Recomendo!
Qual seu maior defeito?
LAÍS- Sinceridade e falar demais.
Por sermos seres sensíveis, algumas atitudes nos tiram do sério. Em que situação você perde a elegância?
LAÍS- Desrespeito, falsidade, prepotência e injustiça.
Qual sua maior qualidade?
LAÍS- Lealdade.
Defina-se em uma palavra.
LAÍS- Mutável.
Por Dilma Zuchinalli / Email -  dizuchi@hotmail.com