Seu pai Quintino Gomes de
Oliveira foi um dos fundadores da igreja matriz Nossa Senhora Aparecida. Ele
foi fundador no sentido literal mesmo, isto é, ajudou a fazer o alicerce
daquela que se tornou a nova igreja. (Aliás, hoje essa igreja é a segunda maior
da diocese). Assim, pude perceber que tudo na vida de Clélia fala de fé e vida.
Sua residência atual foi o primeiro seminário orionita. Eu conheci cada cômodo
e com sua explicação fui imaginando como era aquela casa repleta de
seminaristas, padres....ela ainda acrescentou que faltava quase tudo no seminário,
mas a generosidade do povo satisfaziam aqueles que seriam os futuros padres da
Igreja e do carisma orionita. Clélia disse que depois que o seminário mudou-se
para o endereço fixo, atrás da igreja, a casa tornou-se, por pouco tempo, uma
venda e depois disso ela adquiriu esse imóvel. Entretanto, mesmo sendo sua
residência, os padres sempre participavam de sua vida indo a sua casa para dar
bênçãos, levar a Sagrada Eucaristia, para tomar café da manhã, almoçar, entre
outras refeições.
Ademais, Clélia destacou Pe.
Pedro Pellanda, Pe. Domingos Sanguin e Pe. Patarello. Quando ela comentou sobre
esses padres, seus olhos brilhavam de emoção e saudades de um tempo que se
vivenciava a verdadeira amizade unida pela fé. Ela terminou a breve conversa
dizendo: “gosto de notícias boas, não olho para as coisas ruins da vida. Leio muito
e isso me faz ocupar o tempo e feliz”. Assim me despedi juntamente com seu
filho Flávio e da sua cuidadora, com desejos de logo retornar, porque, como eu
disse no início, sua simpatia e conversa saudável atrai qualquer um que saiba
valorizar uma anciã que ama Jesus, amou e ama seus padres e continua a amar sua
Igreja.
Entrevista feita por: Pe.
José Luiz Sauer Teixeira.