O pesadelo da minha cidade
2012-05-23 17:31
Textos: Valdir de Souza Fotos: Arlan Gonçalves
O pesadelo da minha cidade começa assim: às 04:00 hs da manhã o galo da vizinha canta acordando tudo mundo. Às 06:00 hs a Cachorrada começa a latir fazendo uma algazarra dos diabos. Às 08:00 hs, lá vem o caminhão de gás, “Alô dona de casa, está passando na sua rua, o caminhão do gás”. Vem o vendedor de peixe, “Olha o peixe fresquinho da praia, tainha 02 k por 10,00 reais”. Não demora muito vem o vendedor de pamonhas, “Pamonhas! Pamonhas! Pamonhas! Quentinhas, Alô dona de casa, compre pamonha”. Quando você pensa... Ufa, acabou! Aparece o vendedor de picolé, “Picolé 6 por 1,00 real, olha o picolé! Fom fom fom... “alô garotada, algodão doce”. “Aceito, ferro velho, garrafa PET, Ticket refeição e tudo que você tiver para trocar”. Nossa, agora sim acabou! Graças a Deus!
Neste momento, escuta-se um carro de som numa altura danada, dizendo: “Arrependa-se, o fim está próximo! Arrependam-se, ou vão todos para o inferno”!!!
Pronto, já é noite vai ser silêncio! Que silencio, que nada!!! Lá vem o pior dos pesadelos!!! O trem, chek...chek...chek...piui...chek...chek...piuipiui...Já é madrugada, ,agora nada mais vai acontecer! Êpa, que é isso!!! PA... PA... PA...rum...rum...ta...ta...ta...., são as motos com descarga aberta. O dia já amanheceu, aparece a turma da balada com aquele som... Zaíra bum bum bum... isso sem contar, que pode de repente você ouvir uma música e uma voz dizendo:” Nota de falecimento, faleceu o fulano de tal...! É o fim da picada!!! Não, isso não é brincadeira, isso acontece em Siderópolis